Snapchat está puxando o bonde de uma das áreas mais inovadoras da tecnologia atual

Imagine que um dia não será mais necessário manter um olho na estrada e outro nas direções de rota de seu GPS, provavelmente acoplado no painel do seu carro. Imagine que o próximo passo é que sejam projetados todos os possíveis caminhos que você pode percorrer no vidro frontal do seu carro, através de realidade expandida.

Ou imagine você montando uma mobília em sua casa e largando todas as dezenas de porquinhas cada vez que precisa checar o manual impresso de instruções? Agora imagina que, baseado no mesmo conceito de realidade aumentada e IoT, essas instruções sejam projetadas na sua frente, sem que você precise estar com as mãos livres.

Essa é a premissa e a promessa desse tipo de tecnologia e, daqui para frente, observaremos cada vez mais a ideia sendo implementada nas mais diversas áreas da vida. À exemplo disso, vemos os esforços do gigante Snapchat em liderar o novo formato de interação com devices.

A Microsoft está com o HoloLens e o Google anda trabalhando com o Project Tango, mas ambas companhias ainda se encontram em estágio de desenvolvimento. O Snapchat já capitalizou e monetizou a tecnologia.

Pode parecer bobinho à princípio, mas os filtros do aplicativo levam a realidade expandida para um lugar que nunca havíamos presenciado anteriormente. Onde já se viu tomar um banho de gatorade na cabeça ou transformar seu rosto em um Doritos?

Robert Peck, um analista da SunTrust Robinson Humphrey, disse que o Snapchat está caminhando para ser a primeira “rede social expandida e não somente mais uma plataforma do mercado”. Segundo Peck, “o aplicativo usa reconhecimento facial para criar interatividade instantânea que o usuário pode brincar antes de enviar seu snap final.”.

Não estamos falando de ambições tão grandes quanto as creditadas para a Microsoft e o Google, mas é um fenômeno que já podemos identificar amplamente disponível para consumidores e publicitários, em larga escala mundial.

O Snapchat atinge cerca de 41% dos jovens de até 25 anos, nos Estados Unidos, e os usuários passam uma média de 20 segundos brincando com os filtros patrocinados. Compare isso com a publicidade do YouTube, em que você pode passar a propaganda após cinco segundos, e você terá uma noção de qual é o alcance do aplicativo.

O filtro do Gatorade, criado para o Super Bowl, é um dos melhores exemplos disso. “O filtro foi um sucesso gigantesco, atingindo mais de 165 milhões de visualizações e impulsionando nossas redes sociais”, diz a companhia em seu site.

Peck vê a tecnologia indo além de selfies e Gatorade. Ao invés de scanear o código em uma caixa de cereais para entrar em um concurso, por que não usar seu Snapchat e assistir a uma animação do mascote da marca te ensinando como participar?

Fonte: Business Insider

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