Ele vendia brownie no recreio; hoje tem fábrica do doce e fatura R$ 3,5 mi

A primeira assadeira de brownie de Luiz Quinderé, 26, saiu do forno em 2005. Com ajuda de Vânia, empregada da família, ele preparou a receita de uma amiga de infância e levou o doce para o colégio, para vender aos colegas na hora do intervalo.

Assim nascia a marca carioca Brownie do Luiz, que hoje fatura R$ 3,5 milhões por ano, tem 30 funcionários e cinco sócios –incluindo Vânia.

A fábrica fica na praça da Bandeira, no centro da capital fluminense, e produz 5.000 doces por dia. O negócio tem três lojas próprias no Rio de Janeiro (em Laranjeiras, Leblon e Niterói) e 300 pontos de venda, entre Rio e São Paulo. Também vende pela internet e entrega via Sedex. Há propostas de franquia, mas, segundo ele, este não é o foco da marca no momento.

Uma fábrica, três lojas e 30 funcionários

Na época da produção caseira, Luiz fazia 100 brownies por dia. Seis anos depois, em 2011, começou a expandir o negócio: sublocou uma cozinha industrial e passou a produzir 400 doces diariamente. As vendas eram feitas diretamente aos clientes –no colégio, na faculdade ou com entrega em casa.

Em 2012, juntando as economias e um empréstimo da família, Luiz investiu cerca de R$ 120 mil na primeira fábrica, em Laranjeiras, e decidiu formalizar o negócio. Passou a produzir 1.600 doces por dia e a distribuir o produto para outros pontos de venda.

Em 2013, a produção foi transferida para um espaço dez vezes maior, na praça da Bandeira. As cinco pessoas que trabalhavam na empresa tornaram-se sócias do negócio. “Estava tomando uma proporção maior do que eu podia cuidar sozinho”, conta.

Esse foi o maior aprendizado. Achava que podia fazer tudo: produzir, embalar, responder e-mail, entregar, fazer mídia, pagar as contas. Não é saudável e a gente acaba não fazendo nada bem.

A marca aposta na descontração, seja nas embalagens e nomes dos produtos (“Veneno da Lata”), nas descrições (“Se a vida te der um limão, faça um Brownie” ou “Essa dupla é mais entrosada que Romário e Bebeto!”) e nos pontos de venda, com vendedores dispostos a bater papo e “open bar de água”.

O lucro não é revelado, mas ele afirma que metade é reinvestida no negócio. “Nunca operamos no vermelho. Sempre tive lucro, desde quando comprava os ingredientes do primeiro brownie.” A preocupação com a logística é determinante, segundo Luiz, porque tudo tem que estar sempre fresquinho.

Receita está na internet

Atualmente, são vendidos sete tipos de brownie: original, doce de leite, limão, chocolate branco, creme de avelã, maracujá e castanha de caju. A parte mais crocante, que fica nas bordas das assadeiras, é cortada em pedaços e vendida em latas. A receita não é nenhum segredo: está disponível no site da marca.

Tem gente que acha uma loucura, mas compartilhar conhecimento é uma coisa linda. É até uma forma de marketing: eles estão fazendo o ‘Brownie do Luiz’.

Fonte: Portal Uol

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