Empresas como a QueroQuitar e a Quitado entram em cena chamando a atenção do negativado para seus problemas e oferecendo plataformas digitais para a negociação. O trabalho delas começa no tratamento diferenciado, sem pressão.
“Quebramos pontos de conflito com credores, cobradores e negativadores criando um ambiente sem intervenção humana e com menor custo operacional”, explica Marc Lahoud, CEO e fundador da QueroQuitar.
Dessa forma, é o próprio endividado quem percorre o caminho do serviço: basta acessar o site, pesquisar gratuitamente dívidas negociáveis através de um CPF e aguardar as propostas das empresas parceiras, uma lista em expansão. Os custos com pessoal para fazer a cobrança diminuem e a comunicação melhora.
Mesmo no caso de a empresa credora não estar disponível na lista de parceiros do site, o devedor consegue fazer uma proposta “avulsa”, e a startup pode entrar em contato com os credores para saber se há interesse. Segundo Marc, a QueroQuitar já recebeu mais de R$ 100 milhões em propostas desta natureza.
Com proposta semelhante, a Quitado diz ter recebido quase 40 mil pedidos de renegociação em um ano e providenciado uma economia de R$ 3,4 milhões com descontos. Quem não conseguir consultar o CPF na plataforma pode solicitar que a startup entre em contato diretamente com a companhia credora.
Outro caminho
Do outro lado e de nome semelhante, a Kitado trabalha com foco de marketing no próprio credor, oferecendo uma tecnologia de cobrança que rastreia os nomes de devedores e “estimula” o pagamento.
O sistema da startup envia a proposta eletronicamente, “de um jeito que ele entende e se sente respeitado”, de acordo com a sua página. A companhia garante aumento da recuperação entre 10% e 20% em três meses depois da contratação do serviço.
Instituições como Itaú, Banco Pan e Tribanco têm parcerias com a Kitado, que já conseguiu 250 mil acordos e totalizou R$ 270 milhões recuperados, de acordo com dados enviados ao InfoMoney.
Fonte: InfoMoney